De nome Rita Cavaco, a sua graça está na simplicidade com que nos brinda na sua visão dos livros, da música, dos filmes, da pintura, da fotografia, enfim, de tantas formas de arte que sabe apreciar, sem cair na asneira de ser uma pretensiosa disfarçada de complexa, mal que afecta tanta malta que para aí anda.
Ler um texto seu é igual a ter uma conversa acompanhada com chá e bolinhos, em que se comenta um livro que se viu ontem por acaso, ou por obrigação profissional, e que até alegrou o dia, por ser tão bonito, ou ter palavras tão bem escolhidas, por nos trazer à memória boas recordações, por nos acalmar um pouco…Enfim, seja qual for a razão que nos leva a falar de algo que nos despertou a atenção, numa cavaqueira de lanche, o que interessa é a partilha.
E eis o que melhor caracteriza Rita: a partilha, impressa num estilo que prima pela clareza de ideias, de quem se faz entender, porque sabe que o importante é transmitir e não transbordar palavras, nessa troca de ideias que é a escrita e a leitura.